Das camionetes


Estou tão farta de pessoas que só sabem reclamar.
Querem tudo. E tem de ser no momento em que querem, aonde querem e como querem.
Epá, news flash, NADA é como queremos quando depende de terceiros.
Não valem de nada os suspiros audíveis, s comentários mesquinhos, as indirectas que se dizem num tom de voz intencionalmente mais alto ou os risos suprimidos em tom de gozação para com a situação.

Estou agora, enquanto escrevo, no autocarro (posteriormente isto será transcrito para o blogue). O dito autocarro atrasou-se 10 minutos. A fila já ia grande. Quem lá estava havia passado certamente um dia longo, e a última coisa que queria era estar à espera para chegar ao conforto do seu lar, em pé, sob o sol escaldante que se fazia sentir. Eu percebo, eu também não estava contente com a situação. Tenha de chegar a casa e, em vez de ir tomar um banho e descansar como a maior parte provavelmente iria, eu tenho de ir estudar, que isto da faculdade é uma coisa gira que se farta. Mas não desviando do tema, não era pelo meu descontentamento que me punha a bichanar nos ouvidos de toda a gente, a falar mal de tudo o que me lembrasse!
Acontece que, de certeza, o motorista não fez para se atrasar. Muito menos o motorista tinha a culpa do trânsito, tão habitual, à entrada da ponte pelas 18-19h.
Portanto, não é por reclamarem mais ou menos alto, nem é por constantemente perguntarem "O autocarro é mesmo o das 18h? É que já são 18h10" que a coisa se ia despachar mais depressa.
De modos que: não me chaguem as orelhas, porque já não vos posso ouvir! E se eu já não posso, imagine-se então o coitado do motorista, quantas horas já não deve ter atrás daquele volante a somar tempos e tempos em filas e trânsito, para agora estar a aturar velhas que estão atrasadas para a conversa com a vizinha, ou miúdos cujos pais são incapazes de controlar, e que berram berram como se o mundo fosse acabar, ou ainda pessoas pura e simplesmente mal-educadas que só reclamam, que só pensam em si mesmas, sem considerar  o outro.
Exigir não se exige nada, mas bolas! Um pouco de consideração, se faz favor!


Tenho dito.

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